Milho segue com tendência de baixa nos preços

Acompanhe o mercado do milho – Maio 2017

Por Marsio Antônio*

Com a aproximação da segunda safra de milho, e o bom desenvolvimento das lavouras em todas as regiões produtoras, com destaque para o estado de Mato Grosso, os preços do milho encontram dificuldades para reverter a atual tendência de baixa. A cada dia as expectativas de uma safra recorde do cereal vão se confirmando, e com isso aumenta a dependência das exportações para o escoamento da safra.

Entre janeiro e abril deste ano, o Brasil exportou o equivalente a 2,335 milhões de toneladas, ante 12,196 milhões em igual período de 2016. Até o momento as expectativas do mercado do milho apontam para uma exportação que deverá alcançar a marca de 34 milhões de toneladas, segundo divulgou o USDA em seu último relatório. Na tabela abaixo encontra-se um resumo dos últimos dados divulgados pelos principais agentes de informação oficial.

Os dados acima evidenciam que o país encerrará o ano corrente com um bom estoque de passagem, mesmo conseguindo exportar o volume projetado pelo USDA. Caso o cenário se confirme segundo as projeções da CONAB, a situação será ainda mais difícil, pois um estoque final de 19,231 milhões de toneladas fará com que os preços do milho se estagnem até pelo menos o mês de março/2018.

Alguma recuperação poderá surgir em função do atual cenário político, tendo em vista que as cotações do dólar poderão alcançar níveis mais elevados, e desta formar garantir um substancial volume de exportações face uma nova realidade de competitividade externa do milho brasileiro. Nesta quinta-feira (18/05) por exemplo, a moeda americana chegou a ser cotada a R$ 3,40.

Na BM&FBovespa as cotações do milho reagiram bem, puxadas pelos ganhos da moeda americana. O contrato Setembro/2017 operou com forte alta durante todo o pregão regular, atingindo a maior cotação desde o final de março. Já na bolsa de Chicago (CBOT), as cotações do grão seguem sem definição, alternando entre momentos de alta e baixa. Nesta quinta-feira (18/05) as cotações operaram em baixa, próximo a U$ 3,75/bi no vencimento setembro/2017.